Devo começar já explicando o ápice
desse meu descontentamento pessoal quanto ao tema abordado, pois de outra
forma, muitos abandonariam o texto antes de seu término. Não estou tentando
ridicularizar os erros da escrita ou tentando fazer qualquer forma de
preconceito (linguístico) contra as pessoas residentes nesse mundo cibernético.
Não concordo com qualquer forma de se expor uma pessoa ao ridículo apenas pelo
fato da exposição em si.
Cada vez mais venho encontrando uma
linguagem diversificada circulando pelos canais de comunicação desse universo
virtual. Uma escrita decadente e fadada à inutilidade. Não tenho nada contra
aqueles que escrevem errado, mas acredito que seja o fim do mundo literário a
pessoa que sabe escrever certo estar se forçando a escrever com erros. A
linguagem antes de tudo deve passar entendimento entre seus usuários, fato que
hoje em dia tem sido de extrema dificuldade em alguns casos. Hoje em dia você
encontra 9 pessoas que alegam ter dislexia em meio a cada 13 pessoas (Fato
fictício, mas que mesmo assim não foge da realidade [Quanta contradição em uma única frase.]). Na internet, agora,
parece ser sinônimo de status a pessoa alegar ter dislexia.
Como tudo que surge, já foi nomeado
esse fenômeno exótico. Tiopês. Claro que já cheguei a rir lendo algo escrito
errado-forçado, já cheguei a gargalhar, porém uma piada repetida mil vezes
perde a graça, assim como forçar uma escrita errada faz perder a utilidade. Acabei
de ler em um site: “vai além de simplesmente desrespeitar a gramática: é
preciso escrever do modo mais grosseiro, tosco, ininteligível possível!”, (http://youpix.com.br/memepedia/a-origem-do-tiopes).
Como
assim “ininteligível”? Isso então acaba de uma vez com o sentido da
comunicação. Ninguém mais entende ninguém e cada um cria sua própria língua,
apesar de já existir quem tente ensinar tiopês. Nada contra desrespeitar a
gramática. Um dos mitos do portugês (Preconceito Linguístico, Marcos Bagno) é
de que português é difícil e que brasileiro não sabe falar português. Respeito
pela diversidade, tristeza pela revolta sem nexo ou objetivo.
A essência da escrita é transmissão,
o entendimento do conhecimento, como uma pessoa pode absorver isso quando a
escrita é feita para não ser entendida? De nada adianta escrever centenas de
livros caso eles não possuam conteúdo algum. Eu acredito que as pessoas aceitam
o tiopês ou alegam ter dislexia pelo único fato de não possuir vontade de usar
sua inteligência ou no mínimo por achar ser engraçado, fato que é, desde que
não seja repetido um milhão de vezes. É mais fácil dizer que não pode do que
conseguir fazer, é menos trabalhoso. As pessoas hoje em dia aceitam isso
dizendo que os jovens precisam de espaço e coisas semelhantes, mas esquecem que
quanto mais informação possuir, mais o cérebro é “treinado”. De que adianta
aceitar que 95% da população alega ter dislexia apenas pela preguiça de
racionar e deixar isso de lado, se no final 99% desses 95% desistem de crescer,
de evoluir, de conseguir cada vez mais conhecimento. Alguns irão dizer que eles
não desistiram de buscar outros tipos de conhecimentos, mas de que adianta um
bom conhecimento para uma mente de gelatina que não se utilizará disso para
nada?
P.S.: Sei que não escrevo perfeitamente, mas ao menos tento e não deixo de estudar sobre.